quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Academia X Dojo


fonte: http://taiadojo.blogspot.com.br/2012/03/diferencas-entre-uma-academia-e-um-dojo.html

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Onde situar a mente


“ Não importa onde a situes: se a situares nu só lugar, o restante do corpo perderá a capacidade de ação.”

“Então, onde situar a mente?”

Eu respondi: “ Se não a situares em lugar nenhum, ela irá a todas as partes do seu corpo e o preencherá inteiramente. Dessa maneira,penetrando na sua mão, ela realizará a função da mão. Penetrando no pé , ela realizará função do pé. Penetrando no olho ela realizará a função do olho. 

“Se tu te decidires por um lugar e lá situares a mente, ela será capturada por esse lugar e perderá sua função. Se a pessoa pensar, ela será capturada por seus pensamentos.

“Portanto, deixa de lado os pensamentos e a discriminação, lança a mente para fora do corpo inteiro e não a fixes nem aqui nem lá; então, quando ela visitar os vários lugares, ela realizará a função própria e agirá sem erro.”

Situar a mente num só lugar é cair na parcialidade. Parcialidade é a preferência por um determinado lugar. A retidão está no movimento que atinge qualquer lugar. A Mente Correta se manifesta quando a mente preenche o corpo inteiro. Ela não prefere um lugar a outro.

Quando a mente prefere um determinado lugar e tem aversão por outro, ela é chamada mente parcial. A parcialidade é abominável. Ser detido por qualquer coisa – o que quer que seja – é cair na parcialidade, e é algo abominado por todos aqueles que trilham o Caminho.

O esforço de não fixar a mente em um único lugar eis a disciplina. Não fixar a mente em um único lugar é o objeto e a essência. Não a situando em lugar nenhum, ela está em todo lugar. 


Trechos do Livro: A Mente Liberta, de Takuan Soho, Editora Cultrix

fonte: http://taiadojo.blogspot.com.br/2012/10/onde-situar-mente-parte-3-final-takuan.html

sábado, 3 de agosto de 2013

A Reverência no Aikido


A reverência é parte integral da etiqueta oriental substituindo o aperto de mão das sociedades ocidentais em quase todas as situações passíveis de comparação. No Japão, as crianças, tradicionalmente, aprendiam a reverenciar antes mesmo que pudessem ficar de pé. Isso, porque as mães tinham por hábito carregar seus bebês nas costas fazendo com que os bebês, ainda que involuntariamente, reverenciassem todas as vezes que suas mães o faziam. Esta maneira de carregar um bebê não é mais tão usual no Japão de hoje, mas a reverência continua sendo o modo mais usado para se cumprimentar um ao outro.
Visto que não moramos no Japão e reverenciar não faz parte da nossa cultura, seria razoável perguntar por que devemos reverenciar quando estamos praticando o Aikidô na Nova Zelândia? A minha resposta para esta pergunta (resposta que pode estar condicionada por vários anos vividos no Japão) é, primeiramente, que o Aikidô é uma atividade cultural Japonesa não existindo razão especifica para descaracterizá-la e, segundo, a reverência é uma ótima maneira de demonstrar respeito, tão importante no Aikidô quanto na vida. Quanto mais praticamos o Aikidô naturalmente mais respeito sentimos pelos outros, e reverenciar é uma maneira de expressar isso mantendo a estética da arte. No seu aspecto marcial o Aikidô demanda respeito mútuo entre os companheiros como reconhecimento da natureza de “vida ou morte” das técnicas que estão sendo estudadas, mesmo que praticado dentro do ambiente seguro do dojô.
Do ponto de vista mental ou espiritual, naturalmente mantém-se o respeito pelos companheiros discípulos do Caminho (Dô) por seus esforços em realizar todo o potencial como seres humanos. A reverência ajuda criar um ambiente para este trabalho interior. O sentimento ao se reverenciar é importante e não há nada de humilhante ou degradante neste gesto aonde todo nosso corpo e mente estão envolvidos em expressar gratidão e respeito. De fato, treinar um pouquinho de reverência é algo do qual nós ocidentais poderíamos nos beneficiar.
No Budô o reigisaho[1] tem uma importância fundamental. Para o praticante ocidental, com tradições culturais diferentes das orientais, as exigências da reverência nas artes marciais japonesas, como o Aikidô, entre outras, são comportamentos que lhe são estranhos e que por vezes adquirem um caráter tão só de obrigatoriedade. Todavia, “qualquer arte marcial pressupõe a existência de uma severa disciplina na sua execução e aprendizagem; uma arte oriental não se pode conceber sem etiqueta. Diz-se que a arte marcial japonesa começa e termina pela delicadeza e respeito mútuo, indispensáveis à elevação da personalidade.” [2]
O dojô [3] deve ser um local onde se desenvolve uma personalidade forte, com qualidades como a humildade, a lealdade, a cortesia, onde o caminho deve ser o de um conhecimento cada vez mais profundo de si mesmo, onde é importante Ter presente o significado da reverência, da cortesia, da etiqueta. Portanto o dojô é um lugar sagrado onde se procura “unidade do corpo e mente através do coração, centralizar a energia, na sua autêntica compreensão…»[4]. É também, no dizer de Herrigel, “desde os tempos mais remotos: Lugar da Iluminação.”[5]
Podem encontrar-se duas atitudes básicas nos praticantes perante a reverência. Uma consiste na execução da reverência como se de uma mera obrigação se tratasse; a outra na execução da reverência de modo rígido e formal sem que seja acompanhada da consciência profunda do sentido do ritual, sem a consciência de que o dojô é “Templo privilegiado que celebra uma espécie de liturgia”.[6]
A compreensão da importância do cerimonial é fundamental. A reverência é uma introdução à aula que permitirá ao praticante afastar a mente das preocupações e stress cotidianos, permitindo-lhe a concentração que a prática das artes marciais exige.
Por outro lado as artes marciais tradicionais desenvolvem, através da sua prática, a agressividade de cada indivíduo (não confundir com violência). A reverência evita a degeneração de comportamentos agressivos, impedindo a falta de respeito pelo parceiro de treino.
Em todas as artes marciais tradicionais, podemos encontrar o reigisaho, concretizado de modo diferente de arte para arte, mas mantendo, quase sempre, o mesmo espírito e função.
No ocidente, a aceitação ou rejeição do ritual da reverência, correlaciona-se com a atitude, mais ou menos tradicional que os praticantes têm para com o budô. Nas escolas tradicionais, havendo um processo mais profundo de aceitação da cultura oriental, a forma de estar destes adeptos, dentro e fora do dojô, na prática marcial e na vida, traduz, em regra uma maior compreensão da etiqueta tradicional.
Tradicionalmente, no budô a etiqueta deve ser uma constante da vida. Os gestos devem ser belos, precisos, lentos, mesmo os mais cotidianos, como sentar, ou levantar, caminhar, ou dar algo a alguém. Pois “Cada gesto era para ser executado de modo que ele permita, na seqüência de uma cisão seguindo o ataque surpresa, a partir da resposta eficaz.” [7] É entendido, tradicionalmente, que a forma de reverenciar, só por si, revela o nível de compreensão da arte.
A função psicológica da prática marcial é influenciada pela reverência. A forma de fazer poderá dar-nos indicações sobre a personalidade de um praticante, se ele é tímido, agressivo, reservado, etc..
A reverência interfere não só com as funções psicológicas, mas também com as funções fisiológicas.
A reverência, considerada num plano prático, é uma tomada de consciência do corpo e do controle respiratório através de um movimento bem simples. E isto é tão verdade, que a estabilidade e segurança de um mestre, na reverência, são evidentes. De tal modo que o contrário também é verdadeiro. O valor marcial de um indivíduo revela-se na reverência. Não é acreditável que alguém que não consiga manter-se sentado de modo estável para saudar, consiga executar com eficiência um outro movimento. Os verdadeiros Mestres saúdam profundamente, de forma majestosa, porque toda sua experiência, seu conhecimento, sua humildade estão presentes em sua reverência. [8]
O controle da respiração pode ser exemplificado com a reverência em pé, com os pés em musubi: Os calcanhares devem estar unidos, a frente dos pés afastados cerca de 45.º, pernas direitas, coluna vertebral ereta, ombros naturalmente colocados na sua posição anatômica, mãos abertas e dedos esticados, colocadas lateralmente nas coxas. No instante anterior ao da reverência inspira-se. Quando o tronco faz uma certa flexão em frente, expira-se. No momento em que o tronco retorna à vertical inspira-se novamente, podendo a expiração seguinte servir para a execução imediata de uma técnica, seja de ataque ou de defesa. A descrição respiratória é válida para a reverência feita a partir da posição de sentado – seiza.
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Num dojô podemos encontrar vários tipos de reverências.
A prática marcial começa com uma reverência interna, a reverência a si mesmo, dirigida ao íntimo de cada um, com a qual se pretende alcançar o Mestre Interno [9].
Ao entrar no local de prática há uma primeira reverência exterior, aquela que é feita ao dojô, com a qual se demonstra respeito ao lugar da prática.
Com o início da aula todos os praticantes executam, ao mesmo tempo, uma reverência à tradição passiva. Esta reverência feita em direção ao kamiza, (local dos deuses), onde simbolicamente a tradição passiva se condensa, é o kamiza ni rei, ou shomen ni rei. Representa o respeito pelos mestres que nos antecederam, pela cadeia de transmissão do saber. Exprime o respeito pelas gerações anteriores, que nos legaram a arte com sofrimento e por vezes com o custo da própria vida. É não só uma humilde e sincera homenagem à tradição passiva, mas também uma forma de inspiração no seu exemplo.
Segue-se a reverência à tradição ativa. O Mestre volta as costas ao kamiza e é saudado – é o sensei ni rei. Traduz o respeito devido ao Mestre, como representante, através da atividade de ensino e de aprendizagem do budô, da tradição ativa.
Se estiverem perante a classe vários mestres há, neste momento, lugar ao yudansha ni rei, a reverência entre os mestres.
Segue-se, durante toda a prática, no início de cada exercício, de cada técnica, de cada combate, a reverência ao companheiro, o otogai ni rei. Representa o respeito profundo pela integridade física e psicológica do outro. Significa que, através do nosso esforço e empenho na prática, lhe vamos proporcionar a possibilidade de progredir.
No fim de cada aula repete-se o percurso acima referido, com pequenas alterações na ordem das saudações.
Algumas escolas tradicionais, ainda cultivam o sempai ni rei, reverência entre os alunos mais adiantados e os mais novos – o Mestre já não faz a reverência. Representa o respeito que é devido pelos mais novos aos anciãos – sempai.
Durante a reverência, o estado de alerta, zanshin, e de antecipação deve ser permanente para evitar um ataque de surpresa. Este estado tem a ver com a percepção paranormal desenvolvida pelas artes marciais tradicionais, pelo maior ou menor potencial de ki do praticante. Mas neste trabalho não desenvolveremos estes temas, pois são questões que agora não nos ocuparão.
Deve ter-se presente que as noções de sensei, sempai, ou principiante são relativas. Como regra deve reter-se que um praticante novo deve inclinar-se profundamente, ao que o sensei responderá com uma ligeira inclinação. Assim numa aula um shodan pode ser sensei e na aula seguinte, ministrada por um 5.º dan, em que todos os outros alunos têm graduações entre 2.º e 4.º dan, não passa de um principiante.
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A maneira de efetuar a reverência tem vários entendimentos: um marcial, outro energético e outro simbólico. 
Ilustremos o que se afirma com reverência praticada em seiza. A primeira mão a ser colocada no solo em frente do corpo é a mão esquerda. No plano marcial, em caso de ataque do adversário, a mão direita pode desembainhar uma arma ou executar um movimento defensivo, se não houver armas. Se baixasse as duas mãos ao mesmo tempo isso não aconteceria.
No plano energético, a mão esquerda está associada à energia negativa (ura) e a mão direita à energia http://impressione.wordpress.com/?s=reverenciapositiva (omote). Aquela tem um efeito destrutivo, esta tem um efeito construtivo.
O descer da mão esquerda à terra é um gesto simbólico da recusa de fazer mal, em relação àquele que é saudado. Em simultâneo, o contacto da mão com o chão neutraliza a potencialidade energética desta mão destruidora.
Com a colocação das duas mãos no chão, estas formam um triângulo equilátero. No plano marcial a finalidade é a de evitar um ferimento grave no nariz. Em caso de ataque à cabeça por parte de um adversário, o nariz está protegido e não será esmagado no chão.
Em nível energético permite a circulação de energia em circuito fechado, possibilitando a concentração mental. Este gesto simboliza a reunião de três lados: o homem, o céu e a terra. Também simboliza a junção entre tradição passiva e a tradição ativa, em que o Mestre desempenha um papel fundamental: é ele que transmite o conhecimento que já anteriormente lhe tinha sido transmitido. É um circuito de transmissão do conhecimento.
O triângulo simboliza também a capacidade de defender, assim como também a de atacar. A consciência do elevado valor energético e marcial da etiqueta e da cortesia deve estar sempre presente naqueles que seguem o budô.
fonte:  http://impressione.wordpress.com/?s=reverencia
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domingo, 7 de julho de 2013

Atenção Mudança de local

Atenção a partir do mês de agosto o Soshin Dojo Aikido mudará de local estará junto a Academia OMEGA. Mantendo os mesmos horários.

Endereço: Rua: Prudente de Morais, 360 - Centro -
 União da Vitória - PR
Telefones: (42) 3522-2640 - (42) 9101-5161 - Plinio 
Email: academia.omega@yahoo.com.br

sábado, 29 de junho de 2013

ATEMI



George Ledvard é o instrutor líder no Aikido Eastside, em Bellevue, Washington - um dojo que oferece aulas de Aikido tradicional e de táticas defensivas policial.


Alegações conflitantes têm sido feitas a respeito do lugar de atemi (golpe) na prática de Aikido. Alguns insistem que não há nenhum golpe em Aikido, acreditando que a intenção pacificadora da arte é perdida quando o atemi é usado. Porém, segundo Saotome Sensei, 0-Sensei considerava o atemi como o coração da prática de Aikido - e aqueles que trabalharam para preservar a integridade marcial de Aikido sabem por experiência própria que um atacante hábil pode derrotar técnicas de Aikido se não houver o uso de atemi.

Como o atemi pode ser usado nas técnicas de Aikido? Há três modos principais:

(1) Nós podemos usá-los como sendo a própria técnica,

(2) nós podemos usá-los como uma forma de facilitar a realização de outras técnicas, e

(3) nós podemos usá-los apenas como movimentos enérgicos o que eu chamaria de "o não-golpeamento do golpe".

Quando o atemi é usado como uma técnica, a intenção é terminar uma confrontação criando uma lesão física. Golpes que atacam órgãos vitais podem vir a matar; golpes que visam os membros podem impossibilitar o outro atacante de continuar e outros, podem causar um impacto suficiente para deixar atacante adversário inconsciente. O uso isolado do atemi para terminar uma confrontação geralmente não é praticado por Aikidokas dos estilos pós-guerra e, a maioria dos praticantes de Aikido que têm um conhecimento do funcionamento deste tipo de atemi adquiriu isto treinando outras artes. Aikidokas geralmente consideram o uso de golpes o último recurso, devido à ênfase do Aikido no princípio da não-violência; o ideal do Aikido é terminar uma confrontação sem causar dano sério no atacante. Assim, para melhor ou para pior, esta área de estudo não é enfatizada na maioria dos dojos de Aikido.

Os golpes podem ser usados para facilitar técnicas de não-impacto de dois modos diferentes:

Primeiro, podem ser aplicados atemi para causar uma dor intensa e então desviar a energia resistente do atacante. (Estes pode ser aplicado com ou sem dano, dependendo do tipo de golpe e do alvo.) No momento em que o atacante desvia sua atenção - e consequentemente seu ki - para o local da dor, a resistência dele para a técnica principal tende a diminuir drasticamente. A desvantagem deste uso de atemi é que, quando as técnicas são altamente dependentes da dor do atacante, elas são inseguras. Um atacante seriamente determinado pode não notar a dor, e consequentemente pode não haver o desvio de sua atenção. A escolha de mirar o atemi em pontos não-prejudiciais pode aumentar o risco de fracasso em uma situação de defesa pessoal.

Segundo, em lugar de causar lesão ou dor, podem ser usados golpes para mudar o alinhamento físico de um atacante resistente. (Deve-se considerar que uma lesão ou dor poderiam ser conseqüências secundárias.) Freqüentemente, quando um oponente bloqueou uma técnica, um Aikidoka está tão próximo de finalizá-la com sucesso que trocar por uma variação não é necessário. A simples aplicação de um impacto - como um golpe com o joelho na parte de trás da coxa superior quando um atacante resiste a um kokyunage - pode mudar o alinhamento do atacante, fazendo-o liberar a energia usada para bloquear a técnica. Nenhuma dor ou lesão é necessária neste tipo de impacto, desde que o objetivo seja simplesmente alterar a estrutura do atacante.

Outro aspecto do uso de atemi em Aikido cai debaixo do título "não-golpeamento do golpe". Aqui o golpe é usado sem intenção (por parte da pessoa que o executa) de realmente estabelecer contato. Muitos Aikidokas favorecem este "uso enérgico "de atemi, mas alguns não entendem que requer domínio de técnicas de impacto. O atacante realmente tem que acreditar que um golpe potencialmente prejudicial está sendo realizado e tem que sentir a necessidade de pôr sua atenção nele.

Imagine que você está atrás de um vidro transparente e altamente resistente quando alguém lança uma bola de baseball em direção à sua cabeça.

Se o lançamento é forte e com velocidade, induzirá você e abaixar - mesmo você sabendo que o vidro está lá - mas, se o lançamento for suave, você não reagirá a ele.

Por isto, o "não golpeamento" do atemi têm que ter a energia e o potencial de um golpe real para criar o efeito desejado. O atemi fraco simplesmente lançado por muitos Aikidokas simplesmente não terá efeito sobre um atacante bem treinado. O "não-golpeamento do golpe" é usado como distração. Para ser eficaz, o atemi precisa tirar a atenção do atacante - porque eles usam um bloqueio para lidar com o ataque.

Qualquer um que tentou aplicar técnicas de Aikido em oponentes realmente resistentes - como suspeitos sendo presos pela polícia - sabe é duro realizar uma técnica em alguém com a intenção de lhe bater. No dojo, nós treinamos para manter a conexão, mas os atacantes reais tentarão quebrar a conexão no momento em que sentem que coisas não estão indo a seu favor. Para estabelecer e manter a conexão, pode ser necessário um atemi, forçando assim o atacante a bloquear e se defender. Em alguns casos, a técnica de Aikido pode ser aplicada no braço que se defendeu , ao invés do braço (ou perna) que originalmente iniciou o ataque. Enquanto o atemi pode acertar, o que freqüentemente não é necessário, é muito mais fácil de estabelecer conexão com o corpo do atacante quando ele está se defendendo do que quando ele está atacando.

Um aspecto do golpeamento que é freqüentemente mal-interpretado fora de círculos de Aikido é a "projeção sem contato". Freqüentemente a pessoa pode assistir uma aula inteira de Aikido sem ver um golpe evidente. Se forem bem treinados, ambos os praticantes sabem onde os golpes podem estar, mas eles não fazem nada durante a execução das técnicas para fazer com que os golpes escondidos se manifestem. Assim, na maior parte do tempo, na pratica de Aikido , os golpes são implícitos e não explícitos.

Porém, na "projeção sem contato" os golpes se manifestam sob a forma do "não-golpeamento do golpe". Para uma "projeção sem contato" ser eficaz, o golpe precisa ser muito rápido para o atacante evitar ou bloquear, mas lento o bastante para o atacante evitar ser atingido quebrando sua postura levando-o a fazer a queda. Nas "projeção sem contato" os Aikidokas praticam interações marciais convincentes - um estudo enfatizado somente no Aikido.

Um uke treinado em tal estudo será arremessado no momento em que percebe o golpe, dando muitas vezes a quem está olhando, a impressão que ele está se jogando sozinho. Alguns observadores deduzem que o que eles estão vendo é falso sendo que envolve a cooperação dos ukes, enquanto outros com tendências mais místicas - acreditam que eles estão vendo pessoas sendo energicamente lançadas, sem contato físico ou força. (Cada um destes pontos de vista tem um pouco de verdade). Na prática de "projeção sem contato", estamos estudando um tipo de interação que normalmente não existe fora do dojo. Se alguém tentar projetar um parceiro ou oponente destreinado sem o tocar, vai provavelmente acertá-lo o golpe, já que o parceiro destreinado não sabe como evitar o golpe que seria executado uma queda.

Dentre os vários usos de atemi aqui discutidos, muitos praticantes de Aikido parecem se focalizar em apenas um e excluir os outros de seus repertórios de técnicas. Mas, a partir do momento em que o praticante se interessa pela aplicação das técnicas de Aikido fora do ambiente controlado do dojo, é necessário entender todos os aspectos do atemi.

Eu discuti três aspectos principais neste artigo, mas há outros, de formas mais sutis. Por exemplo, um de meus queridos amigos do Aikido deu um grande beijo no rosto do uke antes de lançá-lo com um iriminage. Se a pessoa ampliar a definição de "atemi" incluindo qualquer coisa que o nage faça para tomar a atenção do uke, isto também conta como atemi.

fonte: http://www.aikikai.org.br/art_atemi.html

terça-feira, 25 de junho de 2013

domingo, 10 de março de 2013

Fluindo em direção ao Ponto Fraco - Gozo Shioda


Basicamente é assim que todas as técnicas do Aikido devem funcionar. A técnica verdadeira é verdadeiramente eficaz quando impede o movimento dos quadris e dos joelhos do oponente. Isso acontece porque você projeta a sua energia na direção do ponto fraco do oponente. O corpo humano é maravilhoso. não importa quanta força ele empregue para proteger-se de algo, sempre tem um ponto fraco em algum lugar. Se você conseguir fazer com que a energia flua nessa direção, joelhos se dobrarão.
Entretando, a maioria das pessoas não consegue determinar que direção é essa, por isso não conseguem criar o fluxo, e consequentemente suas técnicas são ineficazes. Mesmo que você coloque toda a energia que você tem em sua técnica, ela é geralmente focada na direçaõ que o oponente é mais forte. Se você vier me perguntar como é possível perceber esse fluxo de energia , eu só poderia lhe dizer que é por meio da sensibilidade que você desenvolve um treino contínuo e constante. Faça o que fizer, nunca deixe seu ego dominá-lo. Se conseguir olhar seu oponente honestamente e sem preconceitos, você começará a ver o fluxo de energia dele.


fragmento de texto retirado do livro: Aikido Shugyo Harmonia no Confronto, Autor: Gozo Shioda, Editora: Pensamento

Seminário em comemoração aos 15 anos de AIKIDO União da Vitória - PR e Porto União -SC março 2013








sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Reishin Kawai Sensei

Missa em 23/03/2013  as 17h  em São Paulo  3 anos da passagem de  kawai Sensei









Biografia Kawai Sensei

http://www.aikidokawai.com.br/pt/kawai-sensei-oitavo-dan.html

Seminário com Matias Sensei


Comemoração de 15 anos de Aikido em Porto União da Vitória



SEMINÁRIO COM MATIAS SENSEI
5º. Dan Aikikai
Relização: Aikido Daishizen Dojo
 Soshin Dojo
Comemoração de 15 anos de Aikido em Porto União da Vitória
Local: Faculdade Integradas do Vale do Iguaçu – Uniguaçu
Datas: 09 e 10 de Março de 20l3.


Apoio:  



Local: Faculdades Integradas do Vale do Iguaçu – Uniguaçu

End: Rua Padre Saporiti, 717 – Bairro Rio D’Areia
Prezados praticantes:
      Solicitamos a gentileza de confirmar a presença pelo email aikidostrozzi@yahoo.com.br ou pelos fones (042)-3524-4587 / (042)-9955-7347 com Márcio.
      Valor por participante R$ 50,00
Horário dos treinos:
         09/03/2013 – 15:00 Hs – Treino com Matias Sensei.
         10/03/2013 – 09:00 Hs – Treino e exames de graduação 
                                                       para Shodan e Dans.  (Até 2º. Dan).

*** Obs.:   Solicitamos   que    nos    sejam    enviados    com     antecedência os nomes dos candidatos a Shodan e Dan.     
   
Hotéis: (Reservas)
     - Hotel San Rafael – (042) – 3522-4344
     - Novo Hotel Iguaçu – (042) – 3522-1733
     - Para  aqueles   que  não  quiserem  permanecer  em  hotéis,  existe
       a possibilidade de pernoite na Academia Equilíbrio. (Tatame).
***Obs.: Tendo em vista a realização da Festa da Costela em nossa   região na mesma data, solicitamos que façam as reservas em hotéis com antecedência.
 

sábado, 9 de fevereiro de 2013

CREF não atua mais nas Artes Marciais

fonte:  http://www.combatsport.com.br/IMAGES/cref.pdf